
Além do Rock, eu adoro o Blues, música de lamentação dos negros escravos, criado ali juntinho com o gospel. O rock veio do blues, assim como do Country, do Gospel e de outros gêneros (ou sub-gêneros) musicais norte-americanos.
E um de seus grandes precursores e pioneiros é Robert Johnson (1911-1938), nada mais nada menos do que o cara que, diz a lenda, teria feito um pacto com o diabo para ter fama e dinheiro, lá na famosa encruzilhada, ou seja, Crossroads. Uhhh..
O fato inspirou o filme cult com o Karate Kid Ralph Macchio lá nos idos dos 80s. E óbvio, o artista sempre foi fonte de inspiração pra um monte de blueseiro e rockeiro descente. Nesse clube certamente o mais famoso e pop deles é o grande Eric Clapton. Acontece que depois de tantos e tantos anos de estrada e de gravar sua mais famosa canção da encruzilhada, finamente em 2004 o cantor resolver dedicar um disco inteirinho para as composições do mestre.
O resultado é um grande disco na carreira do ex-lider do Cream, daqueles que você já começa sendo hipnotizado pela capa, uma pintura que guarda uma certa mística ao mostrar o aprendiz ao lado do mestre. Interessante que as duas fotos famosas de Johnson e que estão na capa (isto eu fiquei sabendo por um outro blog) são as duas únicas fotos conhecidas do lendário blueseiro! O fato é que Johson morreu cedo, envenedado pelo dono do bar em que frequentava, tudo por causa de mulher, claro! A data da morte, uma outra curiosidade, é a mesma do rei do rock Elvis, 16 de Agosto!
O disco começa pela ótima When you gotta good Friend e vai desfilando clássicos já gravados por outros artistas como Led e os Stones como Travelling Riverside Blues e Love in Vain e outras menos conhecidas mas igualmente geniais e deliciosas. Amores perdidos, lamentações, melancolia e bom humor, tudo o que o bom e velho blues tem a oferecer para divertir e emocionar.
Enfim um discão pra nossa dose diária de blues.